sexta-feira, 4 de abril de 2008

Beijo aos meus demônios sonolentos

Outro indivíduo singular, cheio de si e amargo. Ao descobrir a magia das palavras esqueço o encanto necessário para transformar a vida realidade. Beijo aos meus demônios sonolentos, vocês abalam o que sou e me dão a oportunidade de reconstruir, perder-se em mim, virar um narciso em busca do espelho. Mas como estou quebrado, tenho a chance de ver as faces dos que me rodeiam em pequenos pedaços de espelho espalhados pelo chão. Espero ver beleza e harmonia. Assim, calmo e seguro, posso dar de beber ao meu ódio, fazer amor com meu desprezo, cuspir na cara da bondade. Depois sento e espero a reação que vem em ondas, agora vamos ver se estava realmente sossegado, ou simplesmente apático.

4 comentários:

Bibiana Friderichs disse...

"ela queria muitas amigas para brincar, então quebrou o espelho em muitos pedaços. quanto mais quebrava o espelho, e olhava-se nele, mais as amigas multiplicavam-se... e assim foi quebrando, quebrando cada novo pedaço em outros dez, até que espelho virou pó e ela tornou a ficar sozinha"...

(é só a memória oral de um pedaço da história que a Marina Colassanti contou na Jornada certa vez. lembrei ao ler teu texto.)

Pablito disse...

Já li e reli...

Não consigo encontrar, nessas imensidão de perdimentos da minha cabeça, algum comentário a altura do teu escrivinhado!

que assim sejas, meu amigo...

para todo o sempre...

Pablito

Pablito disse...

VENDO

Livro: O JARDIM DAS ILUSÕES
Autor: Édio Raniere
Valor: R$20,00

"Casa. O Criador de Ilusões não tem casa. Seria ele um nômade? Stop. De repente, um estalo: e se na memória de um grupo intinerante de teatro também não tivesse casa, também fosse intinerante, nômade? Então esse passado ainda não teria parado. Mas se fosse assim, não apenas a memória do Vira Lata estaria em movimento, tudo se moveria. Talvez, então, a memória do mundo todo esteja em movimento. Oceanos de palavras. E se a memória não estivesse em nós, mas sim se fôssemos nós que nos movêssemos numa espécie de memória-mundo? Nesse caso, a Casa é que seria ilusória. A casa seria apenas uma tentativa frustrada de cessar o balanço do mar. Se a memória fosse um imenso mar e estivéssemos todos nadando nele, a Casa seria o Eu."

Beijo me liga: (54)8125 8968
Beijo me made um e-mail: pablo_corazza@yahoo.com.br

Gisele Cristina Voss disse...

ah! un!
donde estas tu?
neste blog...
desde abril..